(Pe. Thiago Linhares)
Como
padre novo a todo instante escuto pessoas reclamando de seus padres velhos.
Pobres Padres velhos!
Em
época de padres “pop stars”,
cantores, curandeiros - e porque não dizer ilusionistas – cresce a cultura da
ingratidão!
Pobres
Padres velhos, que na sua vida não aprenderam a ser cantores, mas muitas vezes
tiveram de sustentar o canto porque na missa não havia quem cantasse…
Pobres
Padres velhos, que não sabem se comunicar na televisão, mas que durante toda
sua vida enfrentaram o desafio de comunicar o evangelho mesmo com tão poucos
recursos…
Pobres
Padres velhos! Sobre eles não se jogam os holofotes dos palcos, porque
aprenderam a ser padres nos sertões da vida, celebrando missas iluminados pela
vela e não por canhões de luz.
Padre russo, anônimo, iluminando seus fiéis com luzes de velas |
Pobres
Padres velhos, que viveram toda uma vida ungindo os doentes, mas que levam a
fama de não curarem como o padre tal.
Padres que não mais arrastam multidão, mas que em tempos longínquos eram,
sozinhos, pastores de um rebanho imenso...
Não
fico feliz quando as pessoas dizem: “queríamos
um padre novo como você!” Sabe porque não fico? Porque quando eu ficar
velho, vão dizer o mesmo de mim para outros! Muito menos fico feliz quando um
padre novo se acha melhor que um padre mais velho! Pobre padre novo! Beberá de
seu próprio veneno!
Padre chinês do Patriarcado Russo. A despeito da idade, a dignidade santificadora |
É
fácil a gente gostar do padre quando ele torna o culto mais emocionante, o
difícil é ter maturidade cristã para compreender que aquele padre que hoje
precisa de um pouco mais de paciência, já teve paciência com tantos!
Minha
gratidão e oração aos padres velhos e esquecidos, mas que, durante toda uma
vida, trabalharam para que as pessoas fossem novas e se lembrassem de Deus.
Extraído da internet via facebook
Agradecimentos
especial a Daniel Machado, da Igreja Ortodoxa da Sérvia no Brasil, que divulgou
este texto
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